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Festivais, IndieLisboa 1

Gusztáv Hámos e Katja Pratschke: cinema tainted our perspective

De Raquel Morais · Em Maio 8, 2017

O Foco Silvestre da mais recente edição do IndieLisboa aponta para a dupla Gusztáv Hámos e Katja Pratschke. O programa, que inclui três núcleos, arranca esta segunda-feira, dia 8. Nascido na Hungria em 1955, Gusztáv Hámos estudou cinema no Balázs Béla Stúdió, em Budapeste. Em 1979 emigra para a Alemanha Ocidental e, durante cinco anos, frequenta a Deutsche Film- und Fernsehakademie Berlin. Katja Pratschke nasceu na Alemanha uma década mais tarde, em 1967 e, tal como Hámos, tem trabalhado essencialmente nas áreas do vídeo e da instalação. Os dois artistas, cujas obras foram exibidas em importantes museus e festivais por todo o mundo, colaboram desde 1998.

1989. Die Revolution im Fernsehen (1991) de Gusztáv Hámos

O terceiro programa da série organizada pelo IndieLisboa integra três trabalhos que Hámos realizou na década de 80, inícios de 90, quando já residia em Berlim. As três obras investigam o modo como os media reproduzem e recriam a realidade, as relações entre os lugares, a História e os meios de comunicação. Em 1989. Die Revolution im Fernsehen (1989 – The Real Power of Television, 1991) Hámos, utiliza imagens de arquivo a par de um retrato filmado do dia-a-dia da sua avó, cuja vida descreve um paralelo com os principais acontecimentos dos séculos XX europeu. O realizador interroga a acção censória e manipuladora da televisão húngara durante as últimas décadas. A capacidade de as imagens criarem símbolos, transmitirem ideais é igualmente endereçada no vídeo-clip Luck Smith (1987). Em Seins Fiction  (1980), Hámos coloca lado a lado dois monitores de vídeo, cujas imagens, dissociadas, se examinam e comentam mutuamente.

Seins Fiction (1980) de Gusztáv Hámos

O primeiro e segundo programas da série apresentam seis dos fotofilmes de Hámos e Pratschke, género ao qual se têm dedicado enquanto dupla criativa e que têm cultivado igualmente através de um trabalho conjunto de programação e curadoria de trabalhos de outros autores, culminar do interesse de longos anos que os dois artistas nutrem pela exploração e questionamento da natureza das imagens.

Fiasco – Fragments Taken From the Novel by Imre Kertész (2010) recupera algumas das inquietações de Hámos que tínhamos encontrado em 1989. Die Revolution im Fernsehen, a propósito de estados totalitários, mas está já muitíssimo distante da estética daqueles primeiros filmes. Faz parte do conjunto de fotofilmes do casal em que, ao mesmo tempo que se atribui centralidade a uma narrativa ficcional, se desestabiliza uma ideia de cinema, ao decompor os filmes em unidades menores, as fotografias, que quebram o movimento e a ilusão. Nesse conjunto incluem-se igualmente Fremdkörper  (Transposed Bodies, 2002), Seil (Rope, 2016) e Rien Ne Va Plus (2005).

Cities (Verborgene Städte) (2012) de Gusztáv Hámos e Katja Pratschke

O outro núcleo de fotofilmes do casal a considerar é aquele dedicado a cidades, Cities (Verborgene Städte) (Cities – Hidden Cities, 2012) e Cities (Potential Space) (2014), em que a partir de séries fotográficas que mostram lugares como Berlim, Budapeste ou Nova Iorque, se perscruta aquilo que pode estar por detrás das imagens, para além da superfície retratada nas fotografias de Hámos. Corpos sociais, políticos, económicos, urbes imaginadas – universos que transcendem uma localização geográfica.

Fremdkörper (2002) de Gusztáv Hámos e Katja Pratschke

O primeiro programa da série é uma excelente porta de entrada, um olhar conciso e diverso sobre o trabalho de Hámos e Pratschke, já que os três filmes aí incluídos reúnem aspectos centrais do trabalho da dupla. Fremdkörper , adaptação de um romance de Thomas Mann, conta a história de dois irmãos cujos corpos, mutilados num acidente de carro, são cruzados – um ganha a cabeça do outro. Por debaixo da narrativa de tom surrealista, Hámos e Pratschke reflectem também sobre a relação de consanguinidade entre cinema e fotografia. Já Cities (Verborgene Städte) quase serve como manifesto estético do par: onde está a realidade, como e a partir de que ponto a vemos, através de que lente, a que velocidade?

Seil (2016) de Gusztáv Hámos e Katja Pratschke

Finalmente, a narrativa de Seil tem como pano de fundo o trabalho de Étienne-Jules Marey e evoca o fuzil fotográfico do fotógrafo francês. O momento do disparo (da câmara, da arma) é simultaneamente o momento em que uma imagem é fixada e o momento da morte. O filme dilata esse instante, desfigurando-o. Rope resume de certa forma o método Hámos/ Pratschke – partindo de uma pequena partícula, operar um movimento de expansão: no espaço, no tempo, tornando móvel aquilo que antes era fixo.

A programação do ciclo :

FOCO SILVESTRE: KATJA PRATSCHKE, GUSZTAV HÁMOS 1
8 SEGUNDA, 14H30, CINEMA SÃO JORGE 3
10 QUARTA, 18H45, CINEMA SÃO JORGE 3
12 SEXTA, 10H30, CINEMA SÃO JORGE 3
Fremdkörper (Transposed bodies)
Cities – Verborgene Städte (Cities – Hidden Cities)
Seil (Rope)

FOCO SILVESTRE: KATJA PRATSCHKE, GUSZTAV HÁMOS 2
12 SEXTA, 14H30, CINEMA SÃO JORGE 3
13 SÁBADO, 18H45, CINEMA SÃO JORGE 3
Rien ne va plus
Cities (Potential Space)
Fiasco – Fragments Taken From the Novel by Imre Kertész (Fiasko)

FOCO SILVESTRE: KATJA PRATSCHKE, GUSZTAV HÁMOS 3
11 QUINTA, 16H30, CINEMA SÃO JORGE 3
Seins Fiction
Luck Smith
1989. Die Revolution im Fernsehen (1989. The Real Power of Television)

No dia 12 de Maio, às 18h00, no Cinema São Jorge, Gusztáv Hámos e Katja Pratschke participam, no âmbito das LisbonTalks, numa conversa moderada pela professora Margarida Medeiros (FCSH – UNL) dedicada ao fotofilme.

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Raquel Morais

“Teus dois cinemas, um ao pé do outro, por que não se afastam/ para não criar, todas as noites, o problema da opção/ e evitar a humilde perplexidade dos moradores?/ Ambos com a melhor artista e a bilheteira mais bela,/ que tortura lançam no Méier!”

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1 Comentário

  • Gusztáv Hámos e Katja Pratschke: “Deves sempre surpreender o espectador” | À pala de Walsh diz: Junho 11, 2017 em 2:53 pm

    […] Gusztáv Hámos e Katja Pratschke: cinema tainted our perspective […]

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