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Manoel de Oliveira: o mundo inteiro não é suficiente para o compreender

De Francesco Giarrusso · Em Abril 2, 2015

O que posso eu dizer ou acrescentar acerca de um gigante da cinematografia mundial como Manoel de Oliveira (1908 – 2015)? A tarefa que me cabe ultrapassa-me sem sombra de dúvida não só pela enorme extensão da sua filmografia, cuja origem remonta ao cinema dos anos trinta, mas sobretudo pelo valor matricial da sua obra capaz de criar uma tradição, um percurso coerente e bem definido no seio do cinema português. Ousaria dizer que Oliveira coincide com a história do cinema português e não só, visto que os seus filmes atravessam as principais etapas da sétima arte.

Oliveira estreia na realização em 1931 com Douro, Faina Fluvial (1931), curta-metragem documental sobre o Porto e a sua relação com o rio Douro, cujas imagens remetem para as sinfonias urbanas que se realizavam pela Europa no final dos anos 20. Nestes anos dedica-se ao documentário e só em 1942 realiza a sua primeira longa-metragem de ficção, Aniki Bóbó (1942), explorando de forma pessoal as atmosferas inspiradas pelo neo-realismo, ou melhor, pelo realismo poético de matriz francesa.

Por óbvias razões, se nos é impossível aqui percorrer a carreira artística de Oliveira, não podemos deixar de mencionar O Acto da Primavera (1963), um dos filmes mais marcantes da cinematografia nacional, cuja repercussão foi tão intensa ao ponto de influenciar as gerações vindouras na maneira de conceber e fazer cinema. De facto é a partir deste filme que o cinema português delineia aquela sua vertente tão especifica que o caracteriza sobretudo no que diz respeito à relação entre a representação e a realidade.

O cinema para Oliveira consiste em fixar tudo aquilo que passa diante da câmara seja este uma porção do “real” que a representação de uma peça teatral ou de uma obra literária, dando origem a um modelo “híbrido”, posteriormente explorado pelo cinema português, em que se conjuga a dimensão do documentário com a da ficção. É o caso da assim chamada tetralogia dos amores frustrados ou dos filmes seguintes que vão por exemplo desde Le Soulier de Satin  (1985) até Singularidade de uma Rapariga Loira (2009) passando pela maioria dos filmes realizados nas décadas de oitenta e noventa. Infelizmente, não nos conseguimos debruçar, tão sucintamente, sobre uma obra tão rica e extensa. Mas não é verdade que o país é demasiado pequeno para um cineasta tão grande visto que talvez nem o mundo inteiro é suficiente para o compreender plenamente.

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