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Antevisão MOTELx 2012

De Carlos Natálio · Em Setembro 11, 2012

Num momento como o actual em que o “horror” social e político se vai generalizando na nossa sociedade, pode soar quase a redundância falar do início de um festival de terror. Seja visto como um festival, ou pela sua dimensão como uma mostra, o MOTELx já vai para a sua sexta edição. E quer pela sua concentração temporal (5 dias, de 12 a 16 de Setembro) quer pela forma como junta as suas principais actividades num só cinema (S. Jorge), o festival conseguiu perceber, como talvez nenhum outro evento cinematográfico no país, uma dimensão “certa”, de conforto, pela qual o espectador pode passar pelos seus eventos como quem passa por uma narrativa que pode ou deve ser lida do início ao fim. A essa virtude junta-se uma extraordinária dedicação dos seus fãs que envergam vestes a rigor, participam em marchas zombie, ou simplesmente empunham o programa do festival com as devidas cruzinhas assinaladas com os filmes que mais querem ver.

Dito isto como herança positiva que já foi consolidada das edições anteriores, importa agora ajudar o pôr essas cruzinhas. A primeira, começando pelo terceiro acto do festival, o verdadeiro clímax, deve ser colocada nos cinco filmes que o MOTELx mostra de Dario Argento, com especial destaque para a trilogia das mães [Suspiria (1977), Inferno (1980) e La Terza Madre (Mãe das Lágrimas: A Terceira Mãe, 2007)] apenas concluída em 2007. A sua presença em Lisboa, com uma masterclass no último dia, domingo, às 16:30, será certamente um dos pontos mais altos do festival. Para além da presença do mestre do cinema de terror, este ano o festival decidiu ainda fazer uma breve e muito curiosa retrospectiva de Nobuo Nakagawa, um nome que provavelmente apenas dirá alguma coisa aos mais aficionados do género. Aquele que é considerado o pai do cinema de terror japonês e que fez alguns dos seus mais conhecidos filmes na célebre produtora Shintoho (na qual trabalharam Ozu, Mizoguchi e Kurosawa). Um das suas obras mais consideradas Tokaido Yotsuya Kaidan (Ghost Story of Yotsuya, 1959), sobre um samurai sanguinário perseguido pelos fantasmas das suas vítimas, baseado num conto tradicional japonês e ponto de viragem na linguagem cinematográfica de terror no país, é exibido na sexta-feira às 16:45. A completar a secção é mostrado na quinta-feira às 17:00, Borei Kaibyo Yashiki (Black Cat Mansion, 1959), sobre um casal assombrado por uma estranha figura feminina, em que se alterna a cor e o preto e branco, e, no sábado, pelas 14:45, Kaiidan: Ikiteiru Koheiji (The Living Koheiji, 1982), 97º e último filme de Nakagawa, uma violenta história de amor entre um trio de artistas, baseado numa peça de teatro.

Para além da já habitual secção competitiva do festival que premeia a melhor das 10 curtas-metragens nacionais na área do terror, e da secção de curtas internacionais, pode dizer-se que o grosso da sua programação se apresenta sob o nome de “Serviço de Quarto”. Neste ano mostram-se vinte sete longas-metragens das mais variadas partes do mundo, funcionando como  uma espécie de estados gerais do cinema de terror e fantástico no último ano, ano e meio. Entre as escolhas que vão do gore ao torture porn, da comédia ao survival horror, há nomes que dispensam apresentações. Um deles é Kevin Smith que, com Red State (2011), experimenta o terror inspirando-se numa seita religiosa real cuja divisa é “God hates fags” (quinta às 16:45 e sábado às 19:30). Outro é o espanhol Jaume Balagueró (co-autor da saga [Rec] (2007), cujo terceiro capítulo tem honras de abertura do festival), que com Mientras Duermes (Sleep Tight, 2011) capta o microcosmos da vida em vizinhança de um apartamento através de uma personagem estranha de um porteiro (quinta-feira às 19:15). Talvez menos conhecido seja o japonês Shunji Iwai [Riri Shushu no subete (All About Lily Chou-Chou, 2011)] que apresenta Vuanpaia (Vampire, 2011), um filme de terror-ensaio que coloca os temas do suicídio e do vampirismo em territórios do drama (quarta às 16:45).

Ainda outras cruzinhas que se impõe fazer: o documentário sobre o lendário produtor de filme de série B, Roger Corman, Corman’s World: Exploits of a Hollywood Rebel (2011) que é exibido sábado às 22:00; V/H/S (2012), um filme a várias mãos feito por jovens realizadores norte-americanos [entre as quais Ti West de The Innkeepers (2011) e The House of the Devil (2009)] em territórios do subgénero found footage (sábado à 00:00 e domingo à 00:30); Livide (2011) que será exibido sexta às 21:30 é novo filme da dupla francesa Alexandre Bustillo e Julien Maury que nos deu o excepcional À L’interieur (2007); ainda no cinema francês, que agora mais precisamente junta esforços canadianos e norte-americanos, será apresentado, The Tall Man (2012), o novo filme de Pascal Laugier [Martyrs (2008)] que estará em Lisboa para apresentar a sessão de quinta-feira às 21:45; e finalmente,  Crawl (2011), um exercício de suspense do australiano Paul China que quer seguir na trilha de Blood Simple (Sangue por Sangue, 1984) dos irmãos Coen ou então as obras mais conhecidas de Roman Polanski (quarta às 15:00 e sábado às 16:45).

Para além destes outros filmes serão certamente descobertos along the way. Por agora, que comece o terror.

(A programação completa pode ser consultada aqui.)

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Carlos Natálio

«Keep reminding yourself of the way things are connected, of their relatedness. All things are implicated in one another and in sympathy with each other. This event is the consequence of some other one. Things push and pull on each other, and breathe together, and are one.» Marcus Aurelius

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