Xavier (1991-2002) é um filme fugidio, esquivo; objecto de estranha beleza que se esconde do olhar dos mais curiosos. Fugiu do seu tempo, esteve anos na gaveta à espera de se mostrar ao mundo e quando o fez, fê-lo de forma fugaz, não tem edição em DVD e só uma exibição esporádica (como a que acontecerá no próximo sábado, dia 25, no Jardim do Aqueduto das Águas Livres) pode reatar essa ligação (quase) impossível com o público.
O presente texto foi publicado no livro de compilação O Cinema Não Morreu – Crítica e Cinefilia À pala de Walsh. Pode adquiri-lo junto da editora Linha de Sombra, na respectiva livraria (na Cinemateca Portuguesa), e em livrarias seleccionadas.

4 Comentários
Não esquecer a mão de Manuela Viegas na montagem. Uma das pessoas mais importantes para o cinema português dos anos 90. A sua sensibilidade brota por todos os poros de Xavier.
Sem dúvida, e também poderia ter acrescentado o dedo de Jorge Silva Melo no argumento. Xavier é quase um filme de família.
Peço desculpa mas esta afirmação é um perfeito disparate: “ou ainda o facto de Um Passo, Outro Passo e Depois… (1989), telefilme feito para a RTP, ter sido perdido, restando dele apenas uma cassete muito deteriorada.”
Caro António, as informações que obtive indicam no sentido de o negativo do filme se ter perdido, subsistindo apenas uma cassete betamax. Gostaria no entanto que me elucidasse em que medida é a afirmação disparatada. Obrigado pelo comentário.